A Favor do metrô em Higienópolis, no Aeroporto, na Periferia

Os editoriais serão publicados regularmente e estarão disponíveis na homepage do site e depois na aba “Editorial”, localizado no cabeçalho do blog. O editorial representa as ideias e opiniões dos editores e idealizadores do Blog da Comunicação: James Freitas e Guilherme Freitas. Boa leitura!

Somos a favor da estação de metrô no bairro de Higienópolis, localizada no cruzamento da Rua Sergipe com a Avenida Angélica. Somos a favor também caso a estação mude de lugar e seja transferida para a Praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu. Somos a favor também da linha 17, seja ela de monotrilho ou trens subterrâneos, que ligará o Morumbi e o Aeroporto de Congonhas a linha azul do metrô. Somos a favor de estações na periferia, no extremo norte, extremo sul, extremo leste, extremo oeste e na Grande São Paulo. Somos a favor da massificação do transporte público.

São Paulo é mais que uma cidade. É praticamente um país. Têm mais de 11 milhões de habitantes (mais do que as populações de Grécia e Portugal), pessoas de vários estados do Brasil e muitos estrangeiros. São Paulo é uma metrópole cosmopolita, como Londres, Paris e Nova York. Assim como essas metrópoles do “primeiro mundo”, a capital paulista deve investir pesado no transporte público. Apenas para efeito de comparação, Nova York tem 370 km de metrô. Londres tem 400 km e Paris 215 km. Com a inauguração da estação Pinheiros semana passada, São Paulo soma míseros 71 km. É muito pouco para a cidade.

A polêmica toda sobre a estação do metrô veio à tona após um grupo de 3.500 moradores de Higienópolis fazerem pressão para evitar a construção da linha. Um dos motivos era que uma estação no bairro traria a presença de camelôs e “gente diferenciada”. Uma idiotice. Em Nova York há uma estação ao lado do famoso edifício Dakota, onde apartamentos valem milhões de dólares e foi a casa de John Lennon na cidade. Em Londres uma estação fica próxima a Abadia de Westminster onde o Príncipe William se casou mês passado. Em Paris, há cinco estações na Champs-Élysées, a avenida mais charmosa da cidade, com lojas das grifes mais caras do planeta.

É bobagem acreditar que todo o morador de Higienópolis não quer ter o metrô no seu bairro. Tradicional reduto intelectual e nobre, este bairro deixou de ser o reduto da elite paulistana, que agora vive nos Jardins, Vila Nova Conceição ou na distante Alphaville. Muitos dos moradores de Higienópolis são de classe média e alguns andam de transporte público diariamente. O que não podemos tolerar é que uma minoria de apenas 3.500 pessoas impeça a construção de uma obra que vai beneficiar milhões de pessoas.

Além de haver metrô no centro da cidade para a população chegar ao trabalho, é essencial haver trilhos também nas periferias, onde milhões de pessoas são obrigadas a pegar mais de um ônibus lotado e atrasado diariamente. A única saída para São Paulo se livrar do caótico transito de veículos é investir pesado no transporte público de qualidade! Afinal transportar seres humanos que pagam uma quantia exorbitante de impostos como carga é imoral ofende o cidadão brasileiro. Potencializamos que o metrô deve ser protagonista para salvar a maior cidade do Brasil.

Com a palavra agora os poderes: Legislativo, Judiciário e Executivo.